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Dicas de Leitura
Dica de Leitura
Olá Comunidade ,
A Dica de Leitura desse mês é “Mulheres que enfrentam a depressão por Lauren Dockett”. A depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença comum e muito séria, que afeta negativamente como você se sente, como pensa e como age. Felizmente, é uma doença tratável. A depressão provocam sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer.
Do livro e da autora:
A pesquisadora californiana Lauren Dockett aglomerou 30 (trinta) depoimentos que relatam como as mulheres enfrentam a batalha da depressão. Este é um tipo de livro para aqueles que vivem na mais profunda penumbra do afastamento, separando-se dos amigos e da família em função do seu estado depressivo.
Eis um aguilhão para a pessoa deprimida buscar auxílio de profissionais rotulados, são fundamentais nesses momentos de difíceis. O preâmbulo é firmado pela escritora, psicoterapeuta e conferencista Célia Resende.
A Biblioteca Ver. Manuel Querino, fez uma pesquisa a respeito do tema e observou que foi feito um estudo na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, investigou o cérebro de homens e mulheres para tentar descobrir possíveis mecanismos biológicos por trás disso. O sexo feminino possui um risco quase duas vezes maior de desenvolver a depressão. Os pesquisadores selecionaram 115 indivíduos saudáveis (69 mulheres e 46 homens). Eles foram separados em dois grupos: um deveria ingerir pequenas doses de endotoxinas (substâncias que promovem uma inflamação cerebral controlada), e o outro, tomava um placebo. Após duas horas, todos os participantes executaram uma tarefa que visava testar o sistema de recompensa do cérebro — um conjunto de estruturas que promove a sensação de prazer e que, na depressão, é inibido. Enquanto isso, a massa cinzenta dos voluntários era monitorada por um aparelho ressonância magnética funcional. Com base nas informações dos exames, os cientistas constataram que, nas mulheres que haviam recebido aquela substância inflamatória, a atividade do tal sistema de recompensa diminuiu, o que não aconteceu com os homens que tomaram as endotoxinas e com todo o grupo placebo.
“Isso sugere que mulheres com distúrbios crônicos inflamatórios podem ser particularmente vulneráveis a desenvolver depressão através da diminuição da sensibilidade a recompensas”, arremata, em comunicado à imprensa, a psicóloga Mona Moieni, da Universidade da Califórnia, que liderou a análise.
Os experts avaliaram marcadores genéticos e inflamatórios em pacientes que já haviam tentado o suicídio. “Demonstramos que a carga genética talvez dificulte o bom funcionamento cerebral em situações de estresse, favorecendo a reação inflamatória e agravando o quadro depressivo”, explica o psiquiatra Dr. Antônio Egidio Nardi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Você já ficou de mau humor, resmungona e chata, achando a vida "um porre e doida pra chutar o balde?" Fique atenta, pois você pode estar com depressão. Isso mesmo. Nem sempre a depressão aparece daquele jeito clássico, onde a pessoa fica triste, chorando, deitada na cama, sem vontade de comer e com vontade de morrer ou de se matar. A depressão pode surgir com irritabilidade, cansaço, sensação de desamparo e desmotivação. Ou através de doenças, como vaginites, gripes, herpes, gastrites, cefaléias, etc. Mulheres de meia idade, entre 35 e 50 anos, passam por um período de alterações clínicas distintas, que pode decorrer de oscilações hormonais mais significativas, produção mais baixa dos hormônios ovarianos, irregularidades menstruais, alterações urogenitais, do sono, da memória e/ou do humor.
Das perturbações do humor, de longe, é a depressão a queixa mais prevalente, fatores de risco importantes compreendem o relacionamento conjugal desgastado ou rompido, apego excessivo da mulher na criação dos filhos, histórico de depressão ou outros transtornos psiquiátricos na família, doenças clínicas, condição socioeconômica baixa, baixa escolaridade, perda precoce dos pais, entre outros. O problema pode ainda se ampliar, quando vários sintomas se sobrepõem, dificultando o diagnóstico. Nos casos mais graves, a indicação é de que sejam usados medicamentos antidepressivos além da terapia hormonal. Se ansiedade estiver presente, deverá ser administrado um ansiolítico como coadjuvante. A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.
As Causas da depressão podem ter origem: Genética, Bioquímica cerebral e Eventos vitais. Fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão: Histórico familiar; Transtornos psiquiátricos correlatos; Estresse crônico; Ansiedade crônica; Disfunções hormonais; Dependência de álcool e drogas ilícitas; Traumas psicológicos; Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras; Conflitos conjugais; Mudança brusca de condições financeiras e desemprego. A prevenção com estilo de vida saudável: Ter uma dieta equilibrada; Praticar atividade física regularmente; Combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas; Evitar o consumo de álcool; Não usar drogas ilícitas; Diminuir as doses diárias de cafeína; Rotina de sono regular; Não interromper tratamento sem orientação médica.
Essa Dica de Leitura foi escolhida devido à importância da vida psicológica da mulher, porém temos outros livros muito bons para marcar a sua leitura esse mês.
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