Qual a força que faz com que milhares de pessoas saiam às ruas de Salvador para celebrar o Senhor do Bonfim?
Qual a força que faz com que milhares de pessoas saiam às ruas de Salvador para celebrar o Senhor do Bonfim?

Foto: Antonio Queirós
17/01/2019 - 13:37
Vereador Leo Prates (DEM) - “O povo é a fé e a fé é o povo. No meu entendimento, essa relação direta entre o povo e a fé se transformou nessa coisa orgânica, grandiosa e única e que só acontece aqui na Bahia. Isso é algo extraordinário, é algo que alimenta a fé das pessoas no Senhor do Bonfim, uma fé que completa 265 anos e é orgulho para todos nós”.
Vereador Paulo Câmara (PSDB) - “A Festa do Senhor do Bonfim é movida principalmente pela fé. Além de reunir o povo baiano, que bem expressa a singularidade do nosso sincretismo religioso, a ida à Colina Sagrada conta com a participação de milhares de turistas que visitam a nossa cidade e ajudam a reforçar essa devoção, uma marca registrada da Bahia. É mais um dia para pedir proteção e, sobretudo, agradecer, num movimento de renovação da fé e da esperança".
Vereador Fábio Souza (PHS) - “É a força da fé, a devoção ao Senhor do Bonfim e a afirmação da religiosidade de cada um. As pessoas pagam a suas promessas e quem tem fé vai a pé à Colina Sagrada. Vale ressaltar que é um dia de todas as crenças e é a festa religiosa mais importante de Salvador”.
Vereadora Aladilce Souza (PCdoB) - “O que leva tanta gente às ruas na Festa do Bonfim é a fé e a esperança. O povo baiano preserva as tradições religiosas e culturais dos nossos povos originais: índios, negros e europeus. Essas manifestações nos dá a identidade como povo baiano resistente. O Bonfim é a maior festa e é o momento de demonstrar devoção ao sagrado e de renovar as forças para nós seguirmos a diante. Milhares de pessoas caminham em direção a colina como se tivessem caminhando em direção a uma esperança de viver dias melhores”.
Vereador Hélio Ferreira (PCdoB) “É uma força que vem da fé das pessoas, mas também é uma festa comumente popular com apresentações de entidades religiosas, grupos musicais e ritmos variados. É um momento importante para a cultura brasileira e para a cultura baiana. As pessoas fazem as suas apresentações culturais e também levantam algumas bandeiras de reinvindicações, de posições políticas, além de ser um momento de fé. A festa abre espaço para manifestações populares, políticas e religiosas”.
Vereador Téo Senna (PHS) – “Celebrar o Nosso Senhor do Bonfim é uma tradição para todos nós católicos. Nesta data, as pessoas saem às ruas movidas pelo amor e pela fé. A cada ano, a Lavagem do Bonfim reúne um número maior de fiéis que, além de homenagearem o santo, aproveitam para agradecer e renovar a esperança para mais um ano. É um momento importante para reforçarmos a luta contra a intolerância religiosa, quando os olhares se voltam para o belíssimo cortejo, que reúne milhares de pessoas, entre baianos, turistas, católicos, adeptos do candomblé e de outras religiões em um só objetivo: o respeito e amor pelo próximo”.
Vereador Kiki Bispo (PTB) - “A fé é que move as pessoas nessa festa que é uma das mais tradicionais da nossa cidade, onde o povo se veste de branco e segue o cortejo a pé. Isso traduz o sentimento de fé, de renovação, de esperança, de prosperidade. Eu acho que o baiano, na sua forma mística e na sua pluralidade, acaba externando isso, materializando no dia da Lavagem do Bonfim. É um dia que a gente consegue reunir diversas pessoas, inclusive os turistas que se acostumaram a ver aquele tapete branco saindo do Comércio até a Igreja do Bonfim. Eu faço questão de estar presente e aproveito para pedir que 2019 seja coroado de bênçãos pelo Senhor do Bonfim”.
Vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) – “É a força da fé. O despertar dessa fé numa cidade com todos os tipos de manifestações religiosas e culturais. É a fé no Deus Supremo, e a cidade se veste branco e pede paz. Nós percebemos também que a fé tem um diferencial, pois ela traz a quebra do preconceito entre as classes sociais e humaniza a cidade. Lamentamos, porém, que forças externas tentam desvirtuar a festa tirando a espontaneidade da mesma”.
Vereador Alfredo Mangueira (PMDB) - “Muitos fiéis acompanham o cortejo do Elevador Lacerda até a Igreja Nosso Senhor do Bonfim para agradecer as conquistas alcançadas no ano anterior. Assim como vão pedir mais paz e saúde para todos os baianos e brasileiros, pois o Senhor do Bonfim não é só nosso, o Senhor do Bonfim é do Brasil. Temos muita fé nele”.
Vereador Edvaldo Brito (PSD) - “A força da fé é que faz com que milhares de pessoas estejam nas ruas no dia da Lavagem do Bonfim. Significa a fé no imaterial, que é o efetivo da vida. As pessoas buscam na fé a sua existência feliz. Para mim, há uma importância enorme porque há 40 anos, eu era o prefeito de Salvador e autorizei a saída dos Filhos de Gandhy, que completavam 30 anos. Naquele tempo, na lavagem, só as baianas saíam no cortejo. Nesta quinta-feira é, inclusive, aniversário do meu filho, o deputado federal Antônio Brito, que completa 50 anos e nasceu no dia da Lavagem do Bonfim, o que reforça a importância da festa para mim”.
Vereador Daniel Rios (MDB) “A Lavagem do Bonfim é uma manifestação popular de fé, em que todas as religiões e populares dividem o mesmo espaço sem problemas de intolerância. Uma festa linda de demonstração de fé e respeito. Em Salvador, iniciamos o ano agradecendo a Deus pelas conquistas e pedindo forças para a continuidade do trabalho que é feito com coração”.
Vereador Vado Malassombrado (DEM) - “O principal motivo que leva milhares de pessoas às ruas da cidade de Salvador, para celebrar a devoção ao Nosso Senhor do Bonfim, resume-se em uma palavra composta por duas letras: fé. Esta palavra traduz com fidelidade a identidade do baiano, um povo alegre, solícito, guerreiro e trabalhador, que não desiste dos seus objetivos por mais difíceis que pareçam, pois carregam dentro do peito a fé no Nosso Senhor do Bonfim. E para nós, filhos de coração, esta fé é que nos move e nos faz acreditar em dias melhores, sempre protegidos por Nosso Senhor do Bonfim”.
Vereadora Marta Rodrigues (PT) - “A força que faz milhares de pessoas irem à Colina Sagrada é a gratidão pelas bênçãos alcançadas, a busca pela paz e por proteção. Vou ao Bonfim na missa da gratidão, que é a última do ano, na missa da proteção, que é a primeira do ano, e participo da lavagem para receber as boas energias. É uma tradição de Salvador muito forte porque trabalha também o sincretismo: Oxalá e Senhor do Bonfim. Que Ele abra os caminhos, mantenha a solidariedade, o respeito, a compreensão e o mais importante: garanta a paz. Que nos ampare com toda a sua proteção contra a violência. Proteja as mulheres, vítimas de agressão e feminicídio a todo o momento”.
Vereadora Ana Rita Tavares (PMB) - “Como fazemos todos os anos, acompanhamos e celebramos uma lavagem sem animais e mais humana para todos. É uma festa que representa um grande benefício para a cidade. Se tornou uma celebração mais limpa, sem dor, sem sofrimento e, do ponto de vista sanitário, sem fezes de animais. De todas as formas, uma festa sem animais só colabora e aprimora esse evento maravilhoso que é a Lavagem do Bonfim. Eu tive uma liminar judicial e, graças a Deus, consegui mudar a cultura das pessoas menos atentas que não conseguiam enxergar o aspecto negativo que era animais na festa”.
Vereador Carballal (PV) – “A lavagem do Bonfim é uma das maiores expressões de fé do povo baiano, marcada pelo sincretismo religioso, quando é exaltada a ascensão do Senhor do Bonfim e celebrada as águas de Oxalá. Representa fé, tradição e esperança”.
Vereadora Marcelle Moraes (sem partido) – “É uma caminhada pela fé sem que haja o sacrifício animal. Comemoro a retirada dos animais da Festa do Bonfim. Antigamente, os jegues vinham e muitas pessoas ficavam em cima deles, causando sofrimento. Este percurso é muito longo para o animal. Não precisamos dos animais para festejar, para comemorar a fé. Pelo contrário, a gente tem que consagrá-los, não usá-los. Já são nove anos que os animais não estão aqui. Graças a Deus, conseguimos esta vitória”.
Vereador Sílvio Humberto (PSB) – “Se é um monossílabo que tem força, e transforma o que é, aparentemente, impossível em possível, essa palavra chama-se fé. É isso que move as pessoas aqui. A fé. Isso que faz elas caminharem mais de oito quilômetros, subirem a Colina Sagrada no Bonfim, e muitas ainda voltarem a pé. O nome disso é fé. É essa palavrinha que tem um poder enorme de transformação. Por isso que a gente está aqui. Fé na gente!”
Vereador Hilton Coelho (PSOL) - "Fé na luta! Fé na resistência popular! Acreditando sempre no povo da Bahia participo de mais uma Lavagem do Bonfim, um exemplo de que a resistência popular é capaz de superar quaisquer formas de tirania. Desde 1745, passou a ter o seu ponto principal através da Lavagem das Escadarias. Este evento gerou grande conflito quando as negras e negros passaram a participar ativamente das festas com os seus cultos de matriz africana. Esta participação passou a ser perseguida e criticada pela elite dominante. Mantivemos a resistência e até hoje aqui estamos nos expressando e lutando contra a intolerância religiosa, o retrocesso político, o fascismo e a contra a retirada de direitos."
Fonte da notícia: Secom