Suíca rebate declarações do jogador Feijão
“Não passaria nos testes para gari e cobrador”, provocou o vereador
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Foto: Reginaldo Ipê
19/07/2016 - 15:34
Declarações do meia Feijão, jogador do Esporte Clube Bahia (ECB), deixaram o vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), indignado com o que chamou de preconceito explícito. Durante entrevista coletiva à imprensa, Feijão reagiu às cobranças que a torcida tem feito pedindo resultados: “Se não tiver cobrança dentro do futebol, vá ser gari, vá ser cobrador”. Para Suíca, que é liderança sindical no segmento dos trabalhadores da limpeza urbana, a questão é grave e mostra que reações preconceituosas vêm de onde menos se espera.
“Sou torcedor do Bahia e não concordo com essa declaração. Feijão acha que os garis e os cobradores também não são cobrados pela sociedade? São cobrados e muito, os garis cuidam da limpeza da cidade, contribuem para a saúde das pessoas. O elenco do clube tem que ser cobrado mesmo, afinal, ganham salários altos para apenas jogar e, mesmo assim, não conseguem dar vitórias para sua torcida”, pontua.
Padrinho
O vereador petista também critica a postura da atual direção do Bahia e lembra que não votou na chapa vencedora na eleição para presidente do clube. “Acredito que estão desorientados. Isso é passado para os jogadores em campo”, salienta.
Suíca provoca o jogador do Bahia dizendo que ele aprendeu a fazer o “feijão com arroz” e fica “enganando no meio de campo, recebendo a bola e tocando de um lado para o outro”.
Feijão, na sua opinião, não passaria nos testes para gari nem para cobrador: “Gari não tem padrinho. Tem uma jornada de trabalho para gerar saúde para a população, garis são profissionais qualificados para exercer suas funções. Lamento que o Bahia tenha de passar por essa crise mais uma vez”.
Fonte da notícia: Secom