Suíca critica reforma da Previdência apresentada por Bolsonaro

Segundo o parlamentar, projeto prejudica trabalhadores e beneficia o patronato

Suíca critica reforma da Previdência  apresentada por Bolsonaro

Foto: Assessoria do vereador

22/02/2019 - 13:19

O vereador e vice-líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), criticou o projeto de reforma da Previdência apresentado por Jair Bolsonaro (PSL) esta semana. Suíca destaca que o projeto atinge ao menos 83% dos trabalhadores mais pobres que ganham apenas dois salários mínimos, principalmente as mulheres e trabalhadores rurais. 
“Essa proposta vai levar o país de volta para a miséria. É uma vergonha equiparar o trabalho de mulheres com o de homens. A reforma destrói a aposentadoria por tempo de contribuição e no caso das mulheres aumenta em sete anos a idade mínima delas se aposentarem”, relata.
Suíca se refere à idade mínima de aposentadoria que será de 62 anos para as mulheres, e para homens será de 65 anos. Os beneficiários terão que contribuir por no mínimo 20 anos. “Isso sem contar os três turnos que a mulher exerce diariamente. Não foi levado em consideração também que o índice de insalubridade delas é bem maior que o dos homens em todos os setores. Não podemos concordar com isso”, salienta o vereador.
Para o parlamentar, a PEC não atinge os privilegiados. “A proposta tira o BPC [Benefício de Prestação Continuada] dos idosos porque diminui de um salário mínimo para R$ 400. Reduz o benefício dos trabalhadores de pouquíssimos salários em mais de 40%, no cálculo do benefício. Uma cozinheira que ganha dois salários mínimos vai ganhar um e meio de aposentadoria”, destaca.
Suíca diz também que os trabalhadores rurais e as mulheres do campo terão que trabalhar cinco anos a mais, com uma carência cinco anos maior, fazendo quatro jornadas de trabalho no campo. “As pessoas com deficiência, por exemplo, não vão poder receber o benefício se venderam bala no ônibus, porque não podem ter nenhuma remuneração para poder receber o BPC. Mulheres que ganham pensão por morte não terão mais o valor vinculado ao salário mínimo. São exatamente os trabalhadores mais pobres que sofrerão. Enquanto isso, a reforma não atinge grupos hegemônicos deste país, só beneficia o patronato”, completa.
O edil ainda criticou os desvios de recursos do fundo partidário do PSL, que foi utilizado para financiar candidaturas de homens usando candidaturas fantasmas de mulheres. “Lugar de mulher é onde ela quiser. E isso tem de ser repetido todo dia. O partido do presidente da República usurpou valores da campanha de candidata para poder ajudar a eleger homens, além de ter feito negócios com gráficas que não existem. Temos de defender os 30% dos recursos do fundo eleitoral para candidaturas femininas, medida que garante mais mulheres na política e em locais de poder”, finaliza Suíca.
 


Fonte da notícia: Secom

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