Suíca cobra melhoria na saúde dos terceirizados
Vereador critica mudança das prestadoras de assistência médica aos trabalhadores

Foto: Valdemiro Lopes
06/03/2020 - 10:30
Substituições de empresas prestadoras de assistência médica aos trabalhadores terceirizados da Prefeitura de Salvador e da Secretaria Estadual de Educação (SEC), segundo o vereador Luiz Carlos Suíca (PT), não agradaram aos profissionais. Ele aponta que trabalhadores têm procurado o seu gabinete para denunciar a situação precária que resultou a mudança.
“Chamo a atenção da prefeitura que, na busca de manter caixa e fazer economia com as empresas, promoveu uma licitação, mas não se preocupou em manter a qualidade dos serviços. Fez economia, tirou algumas empresas e deixou outra – a ‘Braspe’ – que não sei que mágica foi essa que fizeram para essa empresa ficar, e trouxe a ‘Soluções’ e a ‘APA’”, critica.
Intervenção
O vereador aponta que a Braspe trocou a assistência médica dos trabalhadores que era feita pela ‘Hapvida’, que também serve aos servidores concursados, por uma empresa que cobra R$74.
“Esse valor você não faz uma consulta dentária e não é atendido em lugar algum. Para utilizar, caso tenha algum problema de urgência e emergência, tem que marcar antes. O trabalhador tem que ir para o hospital público neste caso. Trata-se da ‘Med Morte’ e não ‘Med Vida’, que é de Alagoas e que ninguém quer saber. E essa responsabilidade é do prefeito. Tira essa qualidade para os trabalhadores que já ganham tão pouco para colocar uma empresa que não tem credenciamento”, denuncia. Suíca pede intervenção da prefeitura e do estado na questão.
Ele cita a empresa ‘Braspe’ como uma das beneficiadas, que continuou com contrato no município de Salvador e a nova licitação trouxe a ‘Soluções’ e a ‘APA’ para a assistência.
“Gostaria que o prefeito tomasse providências sobre isso porque todos os dias recebo denúncia. Vamos ao Ministério Público. O SindilimpBA já está atuando nesse sentido. Porque isso é fraude. Tem pessoas que trabalham na Braspe que têm problema de câncer e há recusa na assistência médica. E a família pagando R$800 para ir para o ‘Hapvida’. Isso é um crime que estão cometendo com esses trabalhadores. No objetivo de economizar e botar dinheiro no bolso está prejudicando a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores e na qualidade do serviço da prefeitura”, completa.
Suíca continua relatando um caso que aconteceu no Carnaval deste ano. Ele explica que um trabalhador foi espancado e que quando chegou na emergência não foi atendido porque não teve a solicitação feita. Ele é lotado na Secretaria Estadual de Educação.
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação