Situação do Hospital Espanhol  é debatida no Centro de Cultura

O evento foi requerido pela ouvidora-geral da Câmara, vereadora Aladilce Souza

Situação do Hospital Espanhol  é debatida no Centro de Cultura

Foto: Valdemiro Lopes

09/12/2019 - 17:08

Nesta segunda-feira dia (9) o Centro de Cultura da Câmara Municipal (CMS) realizou uma audiência pública para discutir a situação do Hospital Espanhol. O evento foi requerido pela ouvidora-geral, vereadora Aladilce Souza (PCdoB) em parceria com a Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e Previdência Social da Casa. 
Com o fechamento do hospital em 2014, cerca de 2.800 funcionários foram dispensados sem pagamentos de indenização, resultado de uma dívida trabalhista de R$179 milhões. Para a vereadora, o evento tem o objetivo de encontrar estratégias para resolver a situação dos trabalhadores e da unidade de saúde. 
“A importância do evento é de trazer as instituições que podem gestar uma solução para a situação dos direitos dos trabalhadores e o possível retorno do funcionamento do hospital, para ver se conseguimos ter um encaminhamento mais avançado na resolução dessas situações”, disse Aladilce.
O fechamento do Espanhol causou interrupção no tratamento de saúde de alguns pacientes. A psicóloga e jornalista Amália Rey, era sócia remida (aquela que por ter pago a cota, poderia usufruir dos serviços do hospital gratuitamente de forma vitalícia), e com o fechamento da unidade, nem ela e nem os filhos que também eram sócios puderam mais usufruir dos serviços médicos e ficaram sem uma cobertura médica. “Por falta de liderança os sócios não entraram na justiça e perderam o benefício, era um título muito caro para se ter, tem espanhóis muito carentes que agora estão padecendo por falta desses serviços de saúde. Queremos dar visibilidade a campanha da volta do funcionamento do hospital, que por ser o primeiro local que irmã Dulce trabalhou, poderá se chamar de Hospital Irmã Dulce”, afirmou. 
Para o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), um dos membros da Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e Previdência Social da Casa, discutir a situação do hospital é de extrema importância, ele disse que pretende aprovar na Câmara a Comissão Especial de Inquérito, “em que obtivemos 21 assinaturas. Já foi dada entrada e vamos ver se colocamos isso na Ordem do Dia na pauta de votação desta quarta-feira, antes que se encerre o período legislativo. Se aprovada e instalada essa comissão, iremos fazer um levantamento tanto técnico tanto administrativo e também baseado na juridicidade para identificar o que realmente houve com a questão do fechamento do hospital” falou o vereador.

Retorno

Ex-funcionários do hospital e sociedade em geral estão mobilizando um movimento intitulado ‘SOS Hospital Espanhol’, liderado pelo proprietário da Cantina da Lua, Clarindo Silva. “A unidade tem 135 anos, era um dos hospitais de referência da cidade, são 5 anos fechados e até hoje não teve uma mobilização para retornar”, Ele completa que o Espanhol tem 270 leitos, 50 unidades de UTI e “não podemos permitir que o hospital fique sem funcionar”, disse.

Situação

O Hospital Espanhol, um dos mais tradicionais da Bahia, foi fundado há 134 anos, pertencente à Real Sociedade Espanhola de Beneficência. Em 2011 o grupo passou por uma grave crise financeira, o que acarretou no encerramento das atividades em 2014. Ao todo, o endividamento acumulado da Real Sociedade Espanhola chega a R$ 480 milhões.
 


Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação


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