Sessão mostra dados sobre HIV-AIDS

Números foram apresentados na atividade legislativa pelo dia de luta contra a doença 

Sessão mostra dados sobre HIV-AIDS

Foto: Antonio Queirós

16/12/2019 - 14:41

O Dia Internacional de Luta contra a AIDS é comemorado em 1º de dezembro. Dados gerais sobre a doença foram apresentados na sessão especial pela passagem da data, na Câmara Municipal de Salvador, na manhã desta segunda-feira (16), no Plenário Cosme de Farias. A vereadora Marta Rodrigues (PT) requereu e dirigiu a atividade legislativa.
“Temos percebido avanços no combate ao vírus HIV e a quebra da patente do Efavirez no governo Lula possibilitou a produção de medicamento mais barato e a sua distribuição pelo SUS”, afirmou Marta Rodrigues.
Conforme a vereadora, a sessão especial tem o objetivo de analisar dados sobre a doença e discutir a estigmatização e o preconceito que as pessoas soropositivas passam.
Segundo dados do Programa Estadual DST/AIDS da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1980 a 2019, foram contabilizados 35.823 casos, sendo 22.663 em homens. Do total, 6.588 casos foram registrados em Salvador.
De acordo com Miralba Freire, diretora do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa, em 2010, a taxa de detecção era de 13,5 por 100 mil habitantes, caindo para 12,6 em 2018. Em crianças, no quesito transmissão vertical (da mãe para o filho), foram registrados 31 casos em 2010. No ano passado foram contabilizados oito casos. “Queremos zerar”, afirmou Miralba.

Prevenção

Ela também falou das ações preventivas ao HIV/AIDS, como o uso de preservativos, as campanhas educativas que continuam ocorrendo e a Prep (Profilaxia Pré-Exposição), que consiste no uso contínuo de antirretrovirais e que reduz o risco de infecção pelo vírus do HIV.
“Muitas pessoas não se adaptam à camisinha e uma estratégia usada é o uso de antivirais, a Prep, que é um esquema terapêutico diferente no conjunto de remédios para o tratamento. Essa medicação é usada para prevenir a infecção em população específica que tem o risco aumentado”, informou Miralba.
Ela frisou que na Bahia funcionam três unidades da Prep. “É comprovado cientificamente que, se a pessoa estiver tratada e com carga viral indetectável, durante mais de seis meses, essa pessoa não transmitirá o vírus. O diagnóstico e o tratamento terminam sendo também uma forma de prevenção de transmissão da doença na sociedade”, assegurou Miralba.
De acordo com o psicólogo Tiago Jordão, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado da Bahia, dados da Sesab mostram que até junho deste ano ocorreram 765 casos de AIDS, sendo 494 em homens e 271 em mulheres. Com relação ao HIV, até o mês passado, foram registrados 2.127 casos.
Consultor na Bahia do Programa das Nações Unidas sobre HIV-AIDS, Javier José Angonoa disse que a melhor notícia é o aumento do número de pessoas em tratamento no mundo, passando de um milhão, em 2001, para 25 milhões, hoje. “Faltam mais 15 milhões para chegar aos 40 milhões de pessoas infectadas no mundo e que não têm tratamento”, acrescentou.
Segundo Javier, os governos, em sua maioria, estão investindo mais em medicamentos e diagnósticos. “No Brasil, tem aumentado (a infecção) nos jovens, mesmo sabendo que o meio mais eficaz é o uso do preservativo”, observou. Ele espera que o atual governo mantenha o programa de HIV-AIDS e frisou que o maior desafio é manter o trabalho com as organizações da sociedade civil, “abandonadas pelo financiamento público”. 
Também participou do debate e fez parte da mesa de trabalho a coordenadora Celine de Castro, da Casa de Apoio e Assistência ao Aidético. 


Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação

Câmara

Agenda

Biblioteca

Centro de Cultura

Gestão da Qualidade

Marcas e Manual

Presidência

Transparência

Concurso público

Despesas viagem

Frequencia de vereadores

Leis Municipais

Prestação de contas

Processos Licitatórios