Samba, Cultura e Arte
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Foto: Valdemiro Lopes
03/12/2018 - 21:00
A realização de mais uma festa comemorativa ao Dia do Samba (2 de dezembro) visa reafirmar a valorização do ritmo e da música genuinamente brasileira, comemorado desta feita no bairro do Rio Vermelho e prestando homenagem a ilustres nomes do samba e do cenário musical nacional com o surgimento de novos talentos, valorizando o samba da cidade do Salvador, cantores e compositores local.
Na edição de 2018, contando com a presença de Alcione, e o tributo a Martinho da Vila, pelos 80 anos de vida deste grande compositor, cantor e escritor, que graças ao grande sucesso alcançado se torna um dos principais representantes do samba e da popularização do partido alto e ao mesmo tempo, engajando-se na luta pela afirmação da identidade negra e defesa da igualdade racial, temas constantes em suas músicas e em livros de sua autoria, como: Kizombas, Opera Negra e outros. Vale lembrar que a participação dos sambistas baianos como Edil Pacheco, Valmir Lima, Nelson Rufino, Juliana Ribeiro, Firmino de Itapuã, Clécia Queiroz, Guiga de Ogum, Roque Bentequê, Gal do beco, Jota Veloso, Roberto Mendes, Claudete Macêdo, Gerônimo, Jorginho Comancheiro, Diumbanda, Riachão e outros, que engrandecem muito o evento pela sua dedicação ao samba.
É importante afirmar, que o samba é Cultura, Arte e uma maneira de expressão da vida.
Cultura é a união, junção de arte, conhecimento, crenças, a lei, a moral, os costumes, toda maneira e modo incorporado pelos cidadãos no seu habitat de origem, aí inclui-se o samba como marca registrada da cultura brasileira.
É a cultura que nos faz superar grandes situações que perpassa pela sociedade do ponto de vista histórico, sociológico e antropológico vivenciado por gerações através do convívio em sociedade. Então a historiografia do samba está atrelada à história do Brasil, porque ela está completamente ligada a histórica formação do povo brasileiro.
Salvador tem todas as condições para tornar-se uma das grandes potências culturais e criativas deste século; devendo ser melhor aproveitada do ponto de vista econômico.
A cultura é muito importante, porque nas políticas públicas de cultura, o tema é pouco debatido devendo ser mais valorizado.
Como legislador, apresentei a Lei nº 501/2016, que cria o Espaço Cultural da Cidade do Samba e a lei municipal que cria a Casa e o Museu do Samba.
É preciso saber que o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, com toda sua originalidade tipicamente popular, foi tombada pela UNESCO como Obra Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, em 25 de novembro de 2005, e eu particularmente acredito que o samba de roda é o pai de todo o samba brasileiro e presto uma justa homenagem a Dona Dalva, grande sambadeira da cidade de Cachoeira.
Viva o Samba Brasileiro!
*Odiosvaldo Vigas é vereador pelo PDT e gestor do Centro de Cultura da Câmara
Fonte da notícia: Secom