Portadores de Fibromialgia ocuparam a Tribuna Popular
Lucinéia Oliveira e Paulo de Tarso defenderam projeto do vereador Ricardo Almeida

Foto: Antonio Queiros
18/06/2019 - 13:07
Representantes da Associação Nacional de Portadores de Fibromialgia (Anfibro), Lucinéia Souza Martins de Oliveira e Paulo de Tarso ocuparam a Tribuna Popular, na sessão ordinária desta segunda-feira (17), da Câmara Municipal de Salvador, para denunciar a falta de direitos e a discriminação que enfrentam. “Vivemos na invisibilidade, nem atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) temos direito. E ainda somos tratados como preguiçosos”, protestou Lucinéia.
Ela defendeu a aprovação do projeto de Indicação nº 291/19, de autoria do vereador Ricardo Almeida (PSC), que recomenda ao Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a oferta gratuita dos medicamentos Pregabalina Lyrica e Cloridrato de Amitriplina aos portadores da doença. Na justificativa o autor, que ouviu os representantes da Anfibro para elaborar a proposta, observa que a fibromialgia apresenta mais de 100 sintomas e que o tratamento é caro, o que faz com que muitas pessoas fiquem sem assistência.
Depressão
“A Fibromialgia é caracterizada por dores em todo o corpo, sobretudo nas articulações, atingindo sobretudo mulheres com mais de 30 anos. Mas quando acontece em homens eles são ainda mais discriminados que as mulheres, pois os pacientes parentam ser saudáveis. Estamos lutando para reconhecer essa síndrome como doença crônica incapacitante”, explicou Lucinéia Oliveira. Segundo ela, 5% dos brasileiros são fibromiálgicos e muitos sofrem também de depressão.
Entre os sintomas mais comuns ela apontou dores nos pés e fadiga, o que às vezes impossibilita o portador de Fibromialgia até mesmo de ficar muito tempo em pé em filas. Por conta disso a Anfibro defende a inclusão dos fibromiálgicos na relação de atendimento preferencial.
Paulo de Tarso agradeceu ao vereador Ricardo Almeida pelo projeto para assegurar o tratamento aos portadores de fibromialgia. “O SUS não disponibiliza o atendimento, que é muito caro. É uma síndrome muito complexa e exige combinações de tratamento, terapias alternativas e fisioterapia especializada”, argumentou.
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação