O Governo Bolsonaro precisa definir suas prioridades
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Foto: Antonio Queirós
23/05/2019 - 13:37
Estou preocupado com a situação do Brasil após cinco meses do governo Bolsonaro, principalmente na área econômica. Observo que as medidas governamentais na economia nacional e suas intervenções impactam nos estados e nos municípios. E a população já sente os reflexos, com aumento no preço do gás de cozinha, combustíveis e alimentos. E sentimos que a economia brasileira, do jeito que vai, caminha para a recessão, implicando no declínio econômico, queda da produção e desemprego. Já temos 13 milhões de desempregados e a perspectiva é que esse quadro se agrave.
O governo federal precisa definir suas metas com clareza. Não pode ficar afirmando que a reforma previdenciária vai resolver os problemas do País, pois o precisamos da reforma tributária e ajustes tributário e fiscal. Isso sim que a sociedade espera do governo Bolsonaro, que precisa ainda fazer um novo pacto federativo. E o governo tem que tributar as grandes riquezas e as grandes fortunas. Por outro lado, digo que é um absurdo o clã familiar do presidente ficar se metendo nas propostas do executivo federal, que ainda se arrasta e se mostra indeciso em muitas questões.
Temos ainda o absurdo de um pensador e guru ligado ao presidente, que mora no exterior, ficar dando palpites sobre a forma de governar o país. Nunca vi uma coisa dessas e é mais um absurdo desse governo, do qual não fui eleitor. O atual governo vai para seis meses de mandato e até agora não mostrou projetos que beneficiem a população que mais precisa, que atentem para a justiça social, o bem-estar comum, a economia equilibrada. Se o Produto Interno Bruto (PIB) bater mais uma vez negativo, -1,5, no próximo trimestre, podemos dizer categoricamente que estamos em recessão.
E isso o brasileiro não suporta mais, inflação alta, falta de dinheiro no bolso, passando por grandes dificuldades, muitos desempregados. É necessária a criação de uma política de geração de emprego e renda, que contribua para a redução da violência e melhoria do quadro social. Tem que se olhar também para a educação e a saúde, melhorar fundamentalmente as condições dos ensinos superior e básico, em vez de provocar cortes no setor educacional, que já chegam a quase R$ 40 milhões e impactam no cidadão, na sociedade, com prejuízos aos ensinos fundamental e médio.
Vereador Odiosvaldo Vigas (PDT)
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação