Ireuda defende regulamentação  da arte do grafite em Salvador

Vereadora quer ampliar o debate com base nas necessidades e demandas dos grafiteiros

Ireuda defende regulamentação  da arte do grafite em Salvador

Foto: Assessoria

03/09/2019 - 12:35

A vereadora Ireuda Silva (Republicanos) retirou da pauta da Câmara Municipal um de seus principais projetos, protocolado no início do mandato, que regulamenta a arte do grafite em espaços públicos da capital baiana. Segundo a legisladora, o objetivo é aprofundar o debate com os grafiteiros, ouvindo-os, para então alterar a matéria com base nos anseios, necessidades e demandas dos artistas.
Inicialmente, a ideia é estabelecer regras para a realização de pinturas de grafite em viadutos, pontes, passarelas, muros e outros equipamentos públicos do Município, diferenciando arte e pichação. “A diferença é colossal, mas grande parte das pessoas confunde, o que marginaliza ainda mais uma expressão artística que é própria das ruas e tem relações profundas com a periferia, transmitindo questionamentos e contestações sociais de uma parcela oprimida da sociedade”, destaca Ireuda. 
Em reunião recente com um grupo de grafiteiros, no Pelourinho, a vereadora ficou impressionada com os relatos:  “Me comoveu a fala de um deles, que muitas das pessoas que posam para fotos em suas obras, são as mesmas a discriminá-los quando os veem grafitando. É justamente essa hipocrisia e essa confusão que precisamos atacar, e para isso o Poder Público precisa ouvir os grafiteiros e regulamentar da forma mais justa e coerente possível”, acrescenta.

Discriminação

Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente do colegiado de Reparação, Ireuda tem o mandato baseado, entre outras coisas, na luta contra a discriminação. Com sua experiência de mulher negra, e sua vivência na periferia de Salvador, Ireuda acredita que o racismo é um dos motivos para o grafite ser discriminado. “O grafite é, além de outras coisas, uma forma que negros e pobres encontraram para reivindicar seu espaço na sociedade, fazendo as outras pessoas e o Poder Público se lembrarem de sua existência e importância. A expressividade das pinturas é sempre reveladora”, pontua.
A vereadora ressalta, ainda, que é contra a ideia de se apagar os grafites já realizados em espaços públicos, como ocorreu na cidade de São Paulo. Para ela, atitudes como esta demonstram a confusão que se faz entre arte e pichação e reforçam várias formas de preconceito.
 


Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação

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