Um dos principais cartões postais da capital baiana, o Forte São Marcelo precisa de iniciativas que visem a revitalização do espaço. Pensando assim, a vereadora Rogéria Santos (PRB) apresentou na Câmara Municipal três indicações com esse objetivo, defendendo a efetivação das tratativas com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para a transferência da gestão à Prefeitura de Salvador, com intenção de redefinir o monumento aliado à viabilidade turístico-econômica.
O Projeto de Indicação nº 599/17, dirigido ao prefeito, sugere que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo proceda estudo de viabilidade para, em havendo a efetividade da cessão da transferência da gestão do São Marcelo para o Município, seja contemplada a construção de uma arena a céu aberto, com restaurantes de comidas típicas nos arredores e a possibilidade de aluguel do espaço para cerimônias e eventos, com o fim de fomentar receitas municipais.
Também destinado ao prefeito ACM Neto, o projeto de Indicação nº 601/17 prevê que as secretarias competentes procedam outro estudo de viabilidade, desta vez para que seja implementada uma política reativadora ou inovadora de transporte de passageiros por lanchas para o Forte.
Já o Projeto de Indicação nº 602/17 é dirigido à Presidência da República, recomendando que o IPHAN acelere a transferência de gestão do Forte São Marcelo à Prefeitura Municipal de Salvador. Na justificativa a vereadora Rogéria Santos argumenta que a administração municipal pretende, ao assumir o monumento em definitivo, implementar vários projetos, incluindo memorial com acervo específico, café ou restaurante e aquário.
“É possível a projeção de vários vieses para a redefinição do Forte São Marcelo, caso haja a efetividade da cessão, inclusive com a implementação de políticas de captação de renda para o Município, a exemplo de aluguel para cerimônias e eventos”, observa Rogéria.

A história

O Forte São Marcelo, também conhecido como Forte do Mar, em que pese inicialmente ter o nome de Forte de Nossa Senhora do Pópulo de São Marcelo, está localizado na capital baiana, construído em época de defesa em frente ao Centro Histórico, num banco de areia a 600 metros da encosta, considerado ímpar por ser o único de planta circular nas Américas, provavelmente inspirado na Torre do Bugio, em Portugal,
Desde 23 de maio de 1938 é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, passando por manutenções, inclusive com a parceria da Prefeitura Municipal de Salvador, entre 1965 e 1967. Foi reaberto à visitação pública em 12 de novembro de 2004 e entregue à população em 2006, depois de requalificado, com atividades culturais, de lazer e de turismo. Porém, a Prefeitura de Salvador ainda não é a responsável pela administração gerencial do patrimônio.