“A ideia maior nesse processo é transformar esses discentes em cidadãos politizados para que tenham um pensamento crítico e reflexivo acerca do seu país”, destacou o professor de história do Colégio Montessori, Edvan Silva, durante o passeio com a visita das turmas do 8º ano ao Paço Municipal da Câmara de Salvador. 

Os estudantes, com idades de 13 e 14 anos, de Cruz das Almas, conheceram o Memorial e o Plenário Cosme de Farias, durante a manhã desta sexta-feira (5), e receberam um “aulão” em campo. Os assuntos de história e política foram apresentados pela estagiária do curso de história, Gabriela Lavinsky, na visita ao Memorial. O professor de história do colégio deu uma complementada ao falar sobre os partidos de direita, esquerda e centro.

“Eles aprenderam em sala que na Revolução Francesa surgem três partidos: os Jacobinos (partido de esquerda), os Girondinos (partido de direita) e o partido do Centro. A ideia em trazê-los à Câmara de Vereadores é para que possam perceber como funciona o poder Legislativo, que é formado por alguns partidos políticos”, complementou o professor Edvan Silva.  
“A aula de campo funciona como uma extensão da sala de aula. Eles trabalham a questão teórica com o professor e saímos para que eles possam vivenciar a prática do conteúdo dado”, disse a coordenadora do Colégio Montessori, Ailla Lisboa.
Além da parte histórica da Casa Legislativa, a professora de artes, Flávia Gomes, comentou sobre a importância de os alunos observarem os detalhes de toda a estrutura que compõe o acervo do Paço Municipal. “Estamos desenvolvendo essa observação de toda a parte colonial, onde os portugueses trazem a sua influência artística nos monumentos como as pinturas, azulejos e o folheamento a ouro. Toda essa riqueza artística deixada por eles acaba sendo desenvolvida e aprimorada”, contou.

O olhar do discente

“Eu acho muito importante saber a história daqui de Salvador e como era antigamente a Câmara de Vereadores. Hoje em dia está muito diferente. Tudo aqui é muito bonito. As obras são bem trabalhadas e as explicações foram passadas com clareza”, disse o estudante do 8º ano Yago Souza.
Para a estudante Beatriz Quinhones a prisão dos escravos foi o que mais lhe chamou a atenção: “Ela funcionou há bastante tempo e ainda continua bem conservada. Foram muitas pessoas que ficavam nesse lugar pequeno e era bem precário”.