Estudantes de Simões Filho visitam Memorial da Câmara
Alunos aprendem sobre a vida da índia Catarina Paraguaçu

Foto: Antonio Queirós
22/05/2014 - 17:33
Uma das muitas histórias que se aprendem ao visitar o Memorial da Câmara Municipal de Salvador é a da índia Catarina Paraguaçu. Na manhã desta quinta-feira (22), foi a vez de um grupo de 16 estudantes do Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência – Ressurreição, de Simões Filho, conhecerem sobre a vida desta indígena tupinambá.
Conforme ensinou Ana Cláudia Costa, estagiária de história do Memorial, a índia Paraguaçu era filha do Cacique Itaparica e, após se casar com o português Diogo Álvares Correia, que ficou conhecido como Caramuru, passou a ser chamada de Catarina Paraguaçu.
A monitora contou ainda a lenda que há por trás da índia. “Um dia Paraguaçu teve um sonho. Numa praia distante, ela viu um navio naufragado e nele seus viajantes com fome e frio. Junto com eles estava uma mulher de pele clara que trazia nos seus braços uma criança”.
Por insistência da sua esposa, Caramuru foi até a praia, mas não encontrou ninguém. Ao persistir na busca, conseguiu salvar um grupo com 17 navegantes. No retorno para casa, viu uma imagem que havia sido recolhida na praia onde estavam os náufragos.
“A imagem encontrada era da Virgem Maria com o menino Jesus nos braços. Caramuru construiu, a pedido da sua esposa, uma capela de taipa com cobertura de palha para abrigar a imagem encontrada”, explicou Ana Cláudia. Paraguaçu foi enterrada na mesma capela em 1589.
A professora Janice Santana, que acompanhou o grupo, destacou que visitar o museu é importante para ampliar os estudos em sala de aula. “A deficiência desses jovens não pode ser vista como um empecilho para se estudar. Eles têm direitos e condições de aprender”, frisou. Ela disse ainda que todos carecem de uma educação de qualidade, mas os deficientes enfrentam dificuldades maiores para ter direito a este ensino.
Fonte da notícia: Secom