Câmara homenageia os 40 anos do movimento ‘Poetas na Praça’
O evento foi uma iniciativa da vereadora Aladilce Souza

Foto: Antonio Queirós
20/12/2019 - 11:35
Com muita poesia e história foi iniciada a sessão especial em comemoração pelos 40 anos do movimento ‘Poetas na Praça’. Realizada na manhã desta sexta-feira (20), no Plenário Cosme de Farias da Câmara Municipal, o evento foi uma iniciativa da vereadora Aladilce Souza (PCdoB).
Segundo a vereadora, homenagear o movimento ‘Poetas na Praça’ é reafirmar a importância da cultura como uma das principais armas para resistir à ditadura do passado e ao obscurantismo do presente.
“Foi um movimento revolucionário na cidade, que marcou a história de Salvador. O Poetas na Praça era um espaço de resistência para aqueles que desejavam a democracia e se expressar livremente”, disse Aladilce.
Segundo um dos integrantes do movimento, Douglas Almeida, falar do Poetas na Praça na Câmara foi de grande importância, pois lembrou do grupo que segundo ele marcou por muito tempo o período cultural de Salvador. “O movimento que é praça, foi também político que criticou a ditadura. Além disso temos o viés educacional, ao levar poesia para aqueles que não conseguiam ou podiam ter acesso a leitura”, disse.
Também presente no evento, o gerente da Fundação Gregório de Mattos, Felipe Rêgo, afirmou que é necessário manter viva a memória do grupo. “Celebrar os 40 anos de um grupo que usa a praça como lugar de fazer o artístico é muito bom. Parabéns a todos que mantêm viva essa memória.
Também estavam presentes no evento, os ex-vereadores Everaldo Augusto e Javier Alfaya, ambos do PCdoB; a integrante do movimento e Ametista Nunes; o também integrante do Poetas na Praça, Pedro Cezar; e Liz Assis, que usou a história do movimento como base na formulação do mestrado.
Movimento
A vereadora Aladilce ressalta que o movimento Poetas na Praça surgiu no final da década de 1970, durante o período da ditadura militar. Fundado por Antônio Short, Eduardo Teles, Gilberto Costa, Ametista Nunes, Geraldo Maia, os poetas se reuniam na praça da Piedade para declamar poemas e realizar recitais. De acordo com o grupo, muitos encontros eram interrompidos pela polícia que via naquele espetáculo algo de subversivo.
“O questionamento à ordem política autoritária e aos costumes sociais conservadores eram marcas do movimento. Os poetas também debatiam a estética da arte e suas linguagens, durante as apresentações públicas”, comenta a vereadora.
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação