“A gratidão é o único tesouro dos humildes”, afirmou o neurologista Márcio Brandão ao ser homenageado pela Câmara com o Título de Cidadão de Salvador e a Medalha Thomé de Souza. As duas honrarias foram entregues em sessão solene requerida e dirigida pelo vereador Orlando Palhinha (DEM), na manhã desta segunda-feira (9), no Plenário Cosme de Farias.
Autor do projeto de resolução que possibilitou a outorga do Título de Cidadão de Salvador ao médico Márcio Brandão, o vereador Orlando Palhinha lembrou em seu discurso de saudação que o homenageado nasceu na cidade de Santos Dumont, em Minas Gerais. Também fez um apanhado das entidades que ajudou a fundar, a exemplo da Sociedade de Neurocirurgia da Bahia.
Ainda em seu pronunciamento, Palhinha frisou que “o doutor Márcio Brandão é extremamente atuante e tem participação ativa no desenvolvimento de estudos de neurologia e neurocirurgia”. Destacou também que o homenageado publicou livros na área médica e vem participando como palestrante de congressos científicos, ajudando a intensificar os estudos avançados da neurociência.
Conforme Palhinha, a atuação e a contribuição do doutor Márcio Brandão para o desenvolvimento dos estudos em neurologia no estado da Bahia justificam as duas homenagens da Câmara. 
A Medalha Thomé de Souza foi proposta pelo presidente Geraldo Júnior (SD), que não participou da sessão solene porque estava sendo homenageado, no mesmo horário, pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, que concedeu a Comenda 2 de Julho, por iniciativa do deputado estadual Jurandy Oliveira (PP).

Agradecimento

Após receber as honrarias da Câmara das mãos da esposa Eliana Pondé e da filha Kaili Fernandes, o novo cidadão de Salvador proferiu o seu discurso de agradecimento narrando momentos da carreira, desde a formação na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1977, e a escolha de morar em Salvador.
“A convite do doutor Mário Ernani Ancilon Cavalcanti, vim pela primeira vez conhecer esta linda cidade. No primeiro dia que cheguei tive a certeza que era aqui que eu queria viver”, afirmou o médico Márcio Brandão. 
“As questões financeiras, posso garantir, não eram as melhores, mas o sol, o mar, a energia desta terra, e, principalmente, de seu povo, me cativaram e me fizeram sentir como se aqui tivesse nascido e sempre vivido. Apaixonei-me. Foi amor à primeira vista”, acrescentou.
Sobre a atuação profissional, destacou que, em mais de 37 anos residência em Salvador, trabalhou praticamente em todos os hospitais da cidade e participou da criação da Sociedade de Neurocirurgia da Bahia, sendo o primeiro presidente, e da Sociedade Nordestina de Neurocirurgia. Além da área médica, a convite do jornalista e escritor Luciano Jatobá, em 1999, participou da criação da Academia de Letras e Artes do Salvador.
Encerrou o seu discurso destacando que “o vereador Orlando Palhinha é um homem de luta, homem de Deus e do amor ao próximo”. Também falou da família, a esposa Eliana e as filhas Iasmim, Natália e Keili, “que sempre me apoiaram mesmo nos vários momentos em que foi preciso abdicar da minha presença, em prol da minha profissão”.
Além do vereador Orlando Palhinha e do médico Márcio Brandão, também fizeram parte da mesa de trabalho o empresário Manoel Antas Fragas, o advogado César Prisco Paraíso e o amigo Pedro Gordilho.