A contribuição dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para o combate à dor crônica, um mal que atinge milhares de brasileiros, foi destacada pelo vereador Duda Sanches (DEM) na sessão especial que presidiu, na Câmara Municipal de Salvador, terça-feira, 15, para comemorar os 50 anos da regulamentação profissional. O evento foi realizado no Plenário Cosme de Farias.
Filho do médico e deputado estadual Alan Sanches (DEM), ex-vereador, e de mãe também médica, Duda frisou: “As dores e angústias de quem tem como ofício cuidar do outro sempre fez parte do meu cotidiano. Estamos falando de inclusão, de devolução da qualidade de vida aos cidadãos, de profissionais que dedicam a vida a cuidar de outras vidas”. O compromisso de um encontro diário com a dor, segundo o vereador, é “algo desafiador, mas apaixonante”. E propôs uma salva de palmas a todos os profissionais de Salvador, da Bahia, de Sergipe e do Brasil.

Centro de Reabilitação

A categoria reúne mais de 17 mil profissionais na Bahia, segundo o presidente do sindicato da categoria (Sinfito-Ba), Gláucio Roberto. Segundo ele, durante esses 50 anos a ciência vem comprovando a necessidade dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em todos os níveis da saúde. “Hoje estamos presentes em clínicas, consultórios, unidades básicas de saúde, enfermarias, UTIs, no ensino superior, auditorias, perícias judiciais e nas pesquisas científicas”, resumiu.
Gláucio Roberto fez um apelo pela construção em Salvador de um centro de reabilitação de reconhecimento nacional, “mas com espírito soteropolitano”, para prestar assistência continuada às pessoas necessitadas, voltado à inserção dessas pessoas à sociedade e elevação da autoestima. Duda Sanches lembrou que este ano teve um projeto de sua autoria, sugerindo a construção de um centro de reabilitação, aprovado pela Câmara.
O presidente do Conselho Regional (Crefito-7), Gustavo Fernandes Vieira, falou sobre o “momento de retrocesso que estamos vivendo, com a retirada de direitos trabalhistas”. Suely Barreto, vice-presidente do Crefito-7, disse que a entidade está à disposição para colaborar na elaboração de políticas públicas de inclusão social. Representante do Coletivo de Terapeutas Ocupacionais da Bahia, Itatyane Nascimento frisou que a categoria luta pela reforma sanitária, pelo SUS e pelo SUAS e destacou a necessidade de mais cursos de terapia ocupacional.
Duda Sanches observou que promoveu audiência pública para discutir a viabilidade de cursos à distância na área de saúde e que novos debates serão realizados. Marcelo Dourado Costa destacou que a Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, que preside, é a mais antiga do Brasil.