Câmara celebra legado do arcebispo José Botelho de Mattos

O vereador católico Joceval Rodrigues foi o propositor da sessão especial

 Câmara celebra legado do arcebispo José Botelho de Mattos

Foto: Valdemiro Lopes

17/11/2017 - 20:34


As obras do VIII arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, José Botelho de Mattos, foram celebradas em sessão especial da Câmara Municipal de Salvador, na noite desta sexta-feira (17). No legado deixado pelo católico, inúmeras demonstrações de fé que passam pela devoção ao Senhor do Bonfim, pela restauração da festa do padroeiro da capital baiana, São Francisco Xavier, e pela criação da Freguesia da Penha de Itapagipe.
A solenidade faz parte dos festejos do Jubileu dos 250 anos da Feliz Morte de Dom José Botelho de Mattos, com celebrações até o dia 24 de novembro.
Propositor da homenagem na Câmara, o vereador Joceval Rodrigues (PPS) fez questão de destacar a importância das obras de José Botelho de Mattos para a comunidade católica de Salvador, especialmente para os bairros da Península Itapagipana. Segundo o legislador, o legado do arcebispo continua atual.
“Vejo muitas semelhanças na forma em que as pessoas vivem o cristocentrismo hoje comparando com a época de Dom José Botelho de Mattos. Temos que reforçar o legado deste grande católico, convidando a todos para o resgate da trajetória deste homem que também está diretamente ligada à devoção ao Senhor do Bonfim e ao padroeiro de Salvador, São Francisco Xavier”, afirmou Joceval Rodrigues
 
Luta pelos oprimidos
 
A defesa do povo oprimido de Salvador foi uma das grandes marcas do católico. Lutou contra os poderosos e após ser preso no Sítio de Itapagipe de Baixo, aos 80 anos, padeceu no exílio com injustiças e afrontas.
Sua célebre frase, ainda no exílio, continua marcada no coração dos católicos: “O único Rei a quem eu devo obediência é o Rei Jesus!”.
Morreu aos 89 anos e foi enterrado no solo da Paróquia da Penha. Carregado à sepultura por doze pobres, seus amigos constantes, deixou outra marcante declaração no testamento: “Meu herdeiro é a minha alma”.
 
Feliz Morte
 
De acordo com Célia Marina Baiense, juíza da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Paróquia Nossa Senha da Penha da França, o envolvimento e a participação dos jovens são fundamentais para o fortalecimento da história do arcebispo. “Apesar dele pertencer à parte nobre da Igreja, teve a coragem de se opor à Coroa Portuguesa em defesa dos jesuítas. Chamamos de ‘feliz morte’ porque seu testemunho continua vivo, nobre, e que serve de exemplo para todos nós”, explicou.
Apesar de ainda tímido o reconhecimento do legado do arcebispo fora da Igreja Católica, os jovens da paróquia já abraçaram a missão e prometem propagar os ideais de Dom José Botelho de Mattos. “Nesse processo, foi de fundamental importância às ações do padre Gerônimo de Almeida, que, desde 1952, se esforça para propagar as obras do VIII arcebispo primaz do Brasil. Passados mais de 50 anos, ao invés de evoluirmos, tivemos pouco apoio e regredimos nessa difusão das obras de Dom José Botelho”, lembrou Luan Bonfim, vice-presidente da Comissão do Jubileu dos 250 anos da Feliz Morte do arcebispo.
Aos 21 anos, Pablo Costa, da Paróquia da Penha, também ressaltou a força da juventude nesse processo. “É muito importante termos contato com essa história porque seremos nós que iremos perpetuá-la”, reforçou.


Fonte da notícia: Secom

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