‘Batatinha, o Poeta do Samba’ é exibido no Curta Cinema
Documentário do diretor Marcelo Rabelo traz abordagem familiar do sambista baiano

Foto: Antonio Queirós
30/08/2017 - 17:00
Em 2012, o Centro de Cultura da Câmara apresentava a primeira edição do projeto Curta Cinema. Naquela ocasião, a primeira sessão exibia o documentário “Batatinha, o Poeta do Samba”, do diretor Marcelo Rabelo. Após oito anos, o longa-metragem voltou a ser exibido no auditório do espaço multiuso da Casa, na tarde de terça-feira (29), levando a mesma emoção para os expectadores ao narrar a história do sambista baiano Oscar da Penha, morto em 1997, aos 72 anos.
O documentário de 2008 retrata a trajetória familiar e artística de Batatinha, em imagens ambientadas no Centro de Salvador, onde viveu. O sambista se caracterizou por sempre carregar consigo uma caixa de fósforo – companheira de composições e exibições de improviso.
Para o gestor do Centro de Cultura, vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), Batatinha “é um dos ícones do samba nacional”. A 7 anos do seu centenário, Vigas disse antes da exibição que a importância do artista requer uma programação especial do espaço. “Precisamos nos programar para celebrar aqui os 100 anos de Batatinha, pela beleza de sua obra”, disse, revelando sua canção predileta do cantor e compositor: “Toalha da Saudade”.
Trilogia do samba
Conforme o cineasta Marcelo Rabelo, o maior mérito do filme é colocar os filhos de Batatinha em sintonia com o trabalho artístico do sambista. “A partir deste trabalho, senti que houve uma imersão deles na obra do pai”, constatou. Sobre a importância musical de Batatinha, Rabelo afirmou que o baiano “completa a trilogia do samba, ao lado de Cartola e Nelson Cavaquinho”.
Presente no Curta Cinema, onde participou de um bate papo após a exibição do longa, um dos oito filhos de Batatinha, Artur Penha, de 60 anos, salientou que a principal característica da obra do cineasta é aprofundar o lado familiar do homenageado.
“Nós participamos do processo de construção deste trabalho com Marcelo, e o que chama a atenção é abordagem mais familiar, diferente do filme do Pedro Abib (Batatinha, o samba oculto da Bahia - 2007), que trata de uma parte mais musical do meu pai”, contou Artur, que é presidente da Associação Casa de Batatinha, fundada em 2007, com o objetivo de manter viva a memória do poeta.
Fonte da notícia: Secom