O sindicalista Luís Carlos França morreu aos 61 anos, na terça-feira (18), vítima de Covid-19. Ele, segundo lembrou o vereador Marcos Mendes (PSOL), ajudou a fundar o PT e o PSTU, contribuiu para a fundação do PSOL e foi candidato a prefeito de Salvador pelo PSTU, em 2004. O sepultamento aconteceu no cemitério Bosque da Paz, no dia seguinte. 

O vereador protocolou, na Câmara Municipal, Moção de Pesar pelo falecimento da liderança sindical e militante do PSOL, além de projeto de lei solicitando que um logradouro da capital baiana receba o nome de Luís Carlos França, em homenagem à trajetória política dedicada à defesa dos trabalhadores(as). 

França foi também candidato a senador pelo PSOL em 2010, na chapa majoritária com Marcos Mendes disputando o Governo do Estado. Mendes salienta que a esquerda perdeu uma liderança histórica para a Covid-19. 

Mãe terra

"França, meu amigo,companheiro de luta, irmão. Não posso traduzir a dor que sinto nesse momento! Que sentimento de impotência, que tristeza! Essa doença tem tirado a vida das pessoas que mais amamos. Concordo com Fritjof Capra, essa pandemia é uma resposta biológica da Mãe Terra pela irresponsabilidade do sistema capitalista e pela insensibilidade com as questões socioambientais. França, você foi um grande guerreiro na luta em defesa de trabalhadoras e trabalhadores, siga um caminho de luz. Te amo! Minha solidariedade à Jaciara França e à toda família", lamentou.

O vereador destacou a importância do isolamento social ser mantido para que a sociedade brasileira não perca mais vítimas para a Covid-19.

Luís Carlos França, segundo Marcos Mendes,“deixa um legado de luta da esquerda baiana e brasileira”. Militou no PT até 1992 quando saiu por divergências políticas. Em 1994, participou da  fundação do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) e, posteriormente, ajudou na militância do PSOL Bahia.

Em 31 de maio de 1988, mesmo ano em que foi promulgada a nova Constituição Brasileira, França ajudou a fundar o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Empresas e Órgãos Públicos de Processamento de Dados, Serviços de Informática, Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado da Bahia (Sindados), onde atuou como coordenador geral por diversos mandatos. Foi dirigente da CUT estadual e da Comissão Nacional Antirracista da CUT/Nacional, e um dos fundadores da Conlutas. Atualmente, era coordenador de Política Sindical do Sindados e integrava a diretoria da Fenadados.