“Trios independentes estão morrendo”

Afirmou Waldemar Sandes, presidente da ABTI, ao ocupar a Tribuna Popular da Câmara

“Trios independentes estão morrendo”

Foto: Antonio Queirós

19/08/2024 - 18:33

“Os trios independentes estão morrendo”, afirmou o presidente da Associação Baiana de Trios Independentes (ABTI), Waldemar Sandes, em pronunciamento na Tribuna Popular da Câmara, na tarde desta segunda-feira (19). Os trabalhos legislativos foram conduzidos pelo 1º secretário da Mesa Diretora da Casa.

Conforme Sandes, os cachês pagos aos trios pelo órgão que faz a licitação não são suficientes para manter vivos esses equipamentos que fazem a alegria do Carnaval de Salvador. Ele defendeu uma licitação coerente na contratação dos trios independentes para o Carnaval de Salvador. “Há mais de 30 anos esses trios fazem o nosso Carnaval acontecer”, frisou Sandes.

Conforme o presidente da ABTI, o custo de um trio é de aproximadamente R$ 6 milhões. Ele frisou que o valor que é pago, conforme o processo licitatório, inviabiliza a manutenção do trio, o caminhão da alegria, que é considerado um patrimônio nacional. Segundo Sandes, o processo licitatório da Saltur possibilita que um concorrente da China participe do processo, mesmo sem condições para garantir a qualidade da festa.

Sandes encerrou a sua fala na Tribuna Popular pedindo a ajuda da Câmara no sentido de buscar uma solução para o problema, uma vez que a Casa tem um assento no Conselho Municipal do Carnaval, ajudando a preservar a história e a sobrevivência dos trios independentes.

Comentários

Os parlamentares que comentaram a Tribuna Popular reconheceram a importância dos trios independentes para a cultura e o Carnaval de Salvador. “Vamos salvar os trios elétricos”, disse um dos oradores. Outro parlamentar sugeriu a realização de uma audiência pública da Comissão do Carnaval da Câmara para tratar do tema.

A Ouvidoria também se colocou à disposição da ABTI no sentido de encontrar uma solução para o problema apresentado por Sandes. O representante do órgão da Câmara frisou que “o trio elétrico é patrimônio cultural do Brasil”. Outro vereador apontou para a relevância do tema e propôs a ampliação do debate junto a órgãos de outra esfera, não apenas a municipal.

Waldemar Sandes tem uma trajetória de vida imbricada com o Carnaval, notadamente com a evolução do trio elétrico. Autodidata, ajudou no aprimoramento desse veículo da alegria, além de ter contribuído para o surgimento de artistas consagrados da Axé Music, como Luiz Caldas. Sua digital está impressa na história do Trio Tapajós, de Orlando Campos, um dos principais trios independentes da Bahia.


Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação


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