No Setembro Amarelo, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), chamou a atenção para um grave problema de saúde mental que afeta as mulheres em todo o Brasil, conforme evidenciado por uma pesquisa conduzida pela Vittude, uma healthtech especializada em programas de saúde mental para empresas. Os resultados revelam que as mulheres enfrentam níveis mais elevados de estresse, ansiedade e depressão em comparação com os homens.

De acordo com a pesquisa, 10,4% das mulheres estão enfrentando níveis graves ou extremamente graves de estresse, enquanto esse sintoma é observado em 6,66% dos casos entre os homens. A disparidade é ainda mais evidente quando se trata de ansiedade, com 15,72% das mulheres relatando crises de ansiedade severa em comparação com 9,90% dos homens. Outro dado alarmante é que 10,17% das mulheres sofrem de depressão grave ou extremamente grave, uma taxa consideravelmente superior à dos homens, que é de 8,07%.

“Os dados são alarmantes e revelam como o machismo estrutural e a desigualdade podem criar contextos que deterioram a saúde mental. É um problema que afeta não apenas as mulheres individualmente, mas também a sociedade como um todo”, disse. 
Ireuda destaca que o machismo estrutural é um veneno silencioso que corrói a saúde mental das mulheres. “Ele semeia dúvidas, inseguranças e injustiças que persistem por gerações. É hora de reconhecer que a saúde mental das mulheres é um campo de batalha e que a erradicação da opressão é necessária para a cura em todos os sentidos”, pontua.