O vereador Carlos Muniz (PTB) teve acesso a uma série de denúncias sobre o plano de saúde Medvida, que atende funcionários de empresas contratadas pela Prefeitura de Salvador, no mês de maio.  O vereador diz que, após tomar conhecimento dos fatos envolvendo a MedVida Brasil, segue indignado por ainda não ter recebido uma resposta oficial da Prefeitura Municipal de Salvador sobre o assunto. 

“Na ocasião encaminhei oficialmente a situação para o secretário municipal de Gestão, Thiago Dantas, mas ainda não recebi resposta sobre o assunto. Não estou entendendo o silêncio. Preciso saber quantas empresas terceirizadas a MedVida atende e qual foi a razão dela ter sido escolhida pelas empresas que prestam serviço para a Prefeitura", disse o parlamentar. 

Muniz afirma que “não é cabível que diante de um investimento mensal de mais de R$1 milhão por empresa, não seja oferecido um serviço de qualidade para os servidores”. O vereador afirma que vai convocar os empresários para depor sobre o assunto na Câmara, e que se não houver resposta vai apresentar o caso para o Ministério Público, para que a denúncia criminal seja feita para a justiça.

“Os servidores sofrem quando precisam do serviço de saúde. São várias as reclamações que tenho arquivadas no computador que um ex-funcionário da MedVida apresentou. São denúncias que atestam a negligência criminosa da empresa. O plano atende muito mal os servidores, que não encontram especialistas, não conseguem fazer os exames e, além de tudo, ao buscarem atendimento, têm os casos clínicos encaminhados diretamente para o Sistema Único de Saúde (SUS). É um verdadeiro absurdo”, ressaltou Carlos Muniz.

O vereador ainda relembrou que chegou ao ponto de um servidor ter um pé amputado devido à negligência da MedVida. “Como uma empresa desse nível pode continuar conosco? Precisamos rapidamente de explicações, pois os servidores continuam passando por inúmeras dificuldades vexatórias ao buscarem o auxílio da MedVida. Será que existem agentes públicos sendo cúmplices disso? Começo a achar que tem gente envolvida para ficar de boca fechada diante de tanta desumanidade”, concluiu Muniz.