Aladilce parabeniza notificação do MTE à Ambev e à Prefeitura  

Vereadora já havia alertado sobre a falta de condições dignas para trabalhadores do Carnaval

Aladilce parabeniza notificação do MTE à Ambev e à Prefeitura  

Foto: Victor Queirós

14/03/2025 - 09:50

Sujeitos a dormir nas ruas por mais de uma semana antes do início oficial do Carnaval de Salvador para garantir espaço nos melhores trechos dos circuitos, os vendedores de bebidas, que só podiam comercializar a marca patrocinadora da festa, conquistaram um “ganho considerável” junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A avaliação é da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador, que parabenizou o MTE por notificar a Ambev e a Prefeitura "por exploração de trabalho análogo ao escravo". 

Duas semanas antes da folia tomar conta das ruas, Aladilce já alertava para o problema, tanto na tribuna da Câmara quanto em audiências públicas sobre o programa Trabalho Legal no Carnaval, que contou com a participação de ambulantes, cordeiros e músicos. 

“Desde o início, chamamos a atenção para essa condição degradante de trabalho. Na fiscalização que fizemos, vimos famílias inteiras dormindo nas ruas, com crianças e idosos, para guardar lugar, sem ter sequer onde tomar banho. Com a ajuda do governo estadual, foi possível minimizar um pouco essa situação”, denunciou a vereadora, classificando a exclusividade de marca como mais um absurdo do modelo adotado pela Prefeitura. 

Responbsabilização  

Para o MTE, a Ambev não era apenas patrocinadora do Carnaval, mas também empregadora dos ambulantes, devendo assumir responsabilidade pelos direitos trabalhistas, já que impôs “total subordinação” às regras de venda de suas marcas (cerveja e água mineral). Já a Prefeitura de Salvador foi considerada corresponsável, por ter firmado contrato de exclusividade com a empresa de bebidas e assumido a fiscalização dos trabalhadores, como relata a vereadora Aladilce. 

Segundo o texto da notificação do MTE: “Configurou-se o trabalho dos vendedores aqui listados como realizado em condições análogas às de escravizados, tendo como responsáveis por essa conduta as pessoas jurídicas notificadas: Ambev S.A. e Município de Salvador.” 

Seminário sobre mudanças 

Desde as audiências públicas, Aladilce defende que o modelo do Carnaval precisa ser repensado para os próximos anos. Ela propõe que a Câmara Municipal assuma o protagonismo nesse debate, ouvindo todos os segmentos envolvidos, como já fez no passado. A vereadora sugere ainda a realização de um seminário para discutir o futuro da festa, destacando que o evento deve ocorrer o quanto antes para permitir mudanças efetivas já em 2026. 

 


Fonte da notícia: Assessoria da vereadora

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