Ireuda faz alerta sobre racismo na infância
Para vereadora, discriminação revela falhas graves na formação e na proteção das crianças
Foto: Assessoria da vereadora
10/11/2025 - 09:29
Neste Novembro Negro, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, comentou com preocupação os dados divulgados pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que apontam que uma em cada seis crianças de até seis anos já foi vítima de racismo no Brasil.
A pesquisa, realizada pelo Datafolha, mostra que as creches e pré-escolas são os locais onde mais ocorrem esses episódios de discriminação — espaços que, segundo Ireuda, deveriam ser de acolhimento, aprendizado e proteção.
“Esses dados são um alerta doloroso. Se o racismo já atinge nossas crianças na fase mais sensível da vida, é sinal de que a sociedade ainda falha em educar para a empatia, o respeito e a igualdade. A infância é o período de formação da identidade, e nenhum menino ou menina deve ser marcado por traumas causados pela cor da pele”, afirmou a vereadora.
O levantamento revela que 16% dos responsáveis por crianças de até seis anos relataram casos de discriminação racial. Entre os cuidadores de pele preta ou parda, esse índice sobe para 19%, enquanto entre os de pele branca é 10%. A maior parte das ocorrências (54%) aconteceu em unidades de educação infantil, especialmente nas pré-escolas (61%). Outros ambientes também foram citados, como ruas, praças e parques (42%), bairros e comunidades (20%) e até dentro das famílias (16%).
Para Ireuda, o problema é reflexo direto do racismo estrutural e da falta de políticas públicas voltadas para o combate à discriminação desde a primeira infância.
“O racismo é aprendido, e por isso pode — e deve — ser desaprendido. Precisamos de ações que capacitem professores e educadores, que fortaleçam a diversidade no ambiente escolar e que apoiem as famílias. É na primeira infância que formamos cidadãos; se o racismo se instala ali, comprometemos todo o futuro”, declarou.
A vereadora destacou ainda que Salvador, cidade de maior população negra fora da África, precisa ser exemplo no combate à discriminação racial em todas as idades.
“A luta contra o racismo não é apenas uma pauta moral, mas um dever coletivo. Devemos proteger nossas crianças com a mesma firmeza com que defendemos qualquer outro direito fundamental. Racismo é crime — e quando atinge uma criança, é uma agressão contra o futuro do nosso país”, concluiu.
Fonte da notícia: Assessoria da vereadora