Edvaldo Brito lamenta falecimento de Roberto Santos

 “Desconheço um homem público mais sério no mundo”, diz vereador sobre o ex-governador da Bahia

Edvaldo Brito lamenta falecimento de Roberto Santos

Foto: Acervo pessoal

10/02/2021 - 12:09

Visivelmente emocionado, o vereador e jurista Edvaldo Brito (PSD) recordou a amizade de décadas com o ex-governador Roberto Santos, que morreu nesta terça-feira (9). “Poucas pessoas vivas, fora da família, conviveram com ele mais tempo do que eu. Durante 54 anos essa convivência não se interrompeu. Fui procurador-geral da Universidade Federal da Bahia (Ufba), secretário estadual de Justiça e prefeito de Salvador pelas mãos do doutor Roberto”, contou Edvaldo.

“Presenciei o casamento com dona Maria Amélia, quem conheci quando ela tinha 16 anos, uma mulher inteligente e atuante, uma das primeiras-damas mais dinâmicas que a Bahia já teve. Casal querido, presenciei o nascimento dos filhos, que também são meus amigos. Desconheço um homem público mais sério no mundo. Culto, inteligente, preparado em todos os aspectos e um grande administrador. Ele não tinha um ato sequer que não fosse do interesse público e sempre com o raciocínio jurídico perfeito”, recordou o vereador.

O vereador Edvaldo Brito afirmou que ele, a esposa Reginalda e toda a família estão desolados com a partida do doutor Roberto Santos. “Mas, fica a certeza de que ele teve uma vida longa, honrada e gloriosa, cumprindo tudo o que se propôs e orgulhando a família e os amigos”, disse o parlamentar.
“Talvez, a última demonstração de afeto comigo foi em novembro de 2019, quando ele se dirigiu à Academia de Letras da Bahia, em Nazaré, e votou em mim de dentro carro, pois já não podia mais se locomover. A urna foi levada até ele. Saudades eternas, meu amigo”, falou Edvaldo.
Memórias

Brito relembrou algumas decisões do médico, político e administrador Roberto Santos, que muito contribuíram para a Bahia. Até meados da década de 1970, os terreiros de Candomblé tinham de pedir permissão para realizar seus cultos. Pagavam uma taxa de licença na Delegacia de Jogos e Costumes, a que cuidava da marginalidade, e tinham autorização para bater os atabaques. Além disso, quando a polícia fazia incursões nos terreiros, muitos objetos sagrados da religião eram apreendidos e expostos no Museu do Instituto Nina Rodrigues, como se fossem objetos de marginais.

“Foi o doutor Roberto quem acabou com isso, garantindo o culto aos orixás sem necessidade de qualquer autorização ou pagamento de taxas”, afirmou Edvaldo.
O vereador contou também que, quando Roberto Santos era reitor da Ufba, a União multava a reitoria pelo atraso do pagamento das contribuições sociais. “Ora, mas era o próprio governo federal quem atrasava o repasse dos recursos. Dr. Roberto questionou essa situação e ganhamos a causa na Justiça”, recordou.

Outra história do ex-governador lembrada por Edvaldo Brito se refere ao Restaurante Universitário que precisou ser equipado com os bandejões. “Roberto Santos alegou que a Ufba não deveria pagar IPI sobre o equipamento, já que era do governo federal. E assim foi, mais uma vitória. Um homem público honrado, honesto, que muito fez pelo nosso estado”, finalizou.
 


Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação

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