Ireuda destaca importância cultural e econômica das tranças
“São uma história viva e símbolo de autoafirmação”, diz vereadora no Novembro Negro

Foto: Assessoria da vereadora
07/11/2023 - 11:33
No mês dedicado a homenagear a história e a cultura afro-brasileira e reafirmar a luta contra o racismo, a vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), enaltece a importância das tranças e da arte trancista como herança a ser preservada e valorizada. A parlamentar lidera a luta pela regulamentação da profissão, que está prestes a se concretizar, e tem projetos que visam torná-la patrimônio cultural imaterial do Brasil, da Bahia e de Salvador.
“O Novembro Negro é uma oportunidade para reconhecermos a riqueza da cultura afro-brasileira e a contribuição da população negra para a nossa sociedade”, afirmou a vereadora. “As tranças têm uma importância profunda em nossa história, não apenas como um penteado, mas como um símbolo de resistência, identidade e conexão com nossas raízes”, pontua.
O penteado tem uma importância histórica significativa em muitas culturas ao redor do mundo. Em muitas culturas africanas, por exemplo, as tranças eram usadas para transmitir mensagens específicas sobre a identidade étnica, status social, idade e até mesmo estado civil. Durante a época da escravidão nas Américas, as tranças também eram usadas como uma forma de comunicação entre os escravizados, muitas vezes escondendo mapas e informações valiosas. Hoje, as tranças continuam a ser uma expressão da identidade cultural, moda e afirmação de identidade.
“Quando vemos alguém com tranças, estamos olhando para uma história viva. Cada trança conta uma história e carrega um legado que merece ser honrado e respeitado”, avalia a vereadora.
Além de destacar a importância cultural, Ireuda Silva também enfatizou que as tranças são uma forma de empoderamento e empreendedorismo para muitas pessoas negras. “A aceitação de nossos cabelos naturais, incluindo as tranças, é uma parte crucial da luta contra a discriminação racial e o racismo estrutural. Além disso, há hoje no Brasil milhares de pessoas que vivem e geram emprego e renda com o trabalho de trancista, movimentando a economia”, observou a vereadora.
Fonte da notícia: Assessoria da vereadora