A construção de uma estação elevatória de esgoto, às margens da Lagoa do Abaeté, obra gerenciada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), causa questionamento e indignação dos moradores e lideranças religiosas da região. O alerta é para os possíveis problemas que a rede de esgoto pode causar ao meio ambiente.

A vereadora eouvidora-geral da Câmara Municipal de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), protocolou o Projeto de Indicação nº495/2020 para tombamento municipal da Lagoa do Abaeté. Conforme o projeto, considerando a Lagoa como patrimônio cultural e identitário, o tombamento garante o respeito à memória e a manutenção de qualidade de vida. Além disso, evita o acúmulo de problemas de conservação e suas consequências mais graves, como a deterioração, os assédios pelas incorporações imobiliárias e por empresa de tratamento de águas e esgoto, como justifica a vereadora. 

Diante da importância de preservar espaços dessa natureza, a população soteropolitana manifestou-se no intuito de dar visibilidade ao movimento em defesa ao Abaeté, como relata Aladilce. A vereadora reforça que moradores, representantes de movimentos sociais, culturais e religiosos querem ser incluídos na tomada de decisão sobre a obra.  

“Os moradores da região não são contra a implantação de uma construção elevatória de esgoto, mas nas margens da Lagoa do Abaeté? Não! Precisamos dialogar, encontrar uma alternativa. O Abaeté é um patrimônio muito importante para todos nós baianos. Estação de esgoto na beira do Abaeté, não!”, afirma Aladilce.