Pretas presidem sessão sobre o Orgulho LGBTQIAPN+

Mandato coletivo ressaltou a dificuldade da comunidade em conquistar espaços e direitos

Pretas presidem sessão sobre o Orgulho LGBTQIAPN+

Foto: Reprodução/Zoom

05/07/2022 - 09:51

O Mandato Coletivo Pretas Por Salvador (PSOL) presidiu uma sessão especial sobre o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, comemorado em 28 de junho. Apesar das diversas formas de violência contra a comunidade, o evento visa dar continuidade aos enfrentamentos e resistência em prol da liberdade, do acesso a direitos e em defesa da vida dessas pessoas.

A atividade aconteceu de forma remota, na manhã da quinta-feira (30), reunindo representantes da comunidade LGBTQIAPN+ e da luta contra a LGBTfobia. A sessão abordou desde a história que marca a concretização do dia 28 de junho em 1969, como a data do Orgulho LGBT, aos enfrentamentos diários por direitos, acessos e aceitação. 

Porta-voz da comunidade, a vereadora Laina Crisóstomo é a única parlamentar lésbica assumida na Câmara Municipal de Salvador e utiliza de suas próprias vivências para abrir espaços e garantir os direitos dessa população. Durante a sessão a vereadora ressaltou a dificuldade da comunidade em conquistar espaços e direitos, mesmo com vários anos de lutas.

“O 28 de junho é uma data muito emblemática para nós, mas que simboliza muito de resistência e de luta, que fica nos anais da nossa história, justamente porque a gente faz luta e resistência há muito tempo. Desde 1969, essa rebelião de Stonewall traz para nós muita reflexão e o mês de junho é muito emblemático para dialogarmos não só sobre a perspectiva do que foi a rebelião, mas de todas as conquistas que a gente tem travado nesse caminho, conquistas muito graduais, passos muito lentos em razão dessa sociedade LGBTfóbica que a gente vive”, disse Laina.

A co-vereadora Cleide Coutinho, enquanto mulher negra, evangélica e progressista, relatou sobre seu aprendizado constante com a comunidade LGBTQIAPN+. “A razão de eu estar aqui é porque eu fui forjada na luta, eu aprendi o quanto que essas pessoas trans, LGBT, têm sofrido.  Não me coloco nesse lugar, mas eu aprendi a respeitar, aprendi a ouvir e aprender a ouvir e respeitar é um ato de amor. Eu estou aqui para isso: para entender as reivindicações pelo que essas pessoas lutam, pela garantia de direitos e isso é muito importante”, pontuou Cleide.  

O evento também abriu espaço para denunciar os dados alarmantes da violência. A vereadora destaca que o Brasil ocupa, pelo quarto ano consecutivo, o ranking de países que mais mata pessoas.

O ativista, fundador da Torcida LGBTricolor e Canarinhos LGBTQ, responsável também pela autoria da Lei Teu Nascimento e da Lei Millena Passos, Onã Rudá falou sobre a importância dessas leis, que punem a prática de LGBTfobia nos estabelecimentos de Salvador e da Bahia, e sobre a ausência de representantes políticos que atuam em defesa dessa comunidade.

“A gente tem esses dois experimentos: a Lei Teu Nascimento e a Lei Millena Passos, que deram para a gente pistas de como a nossa ação pode se ampliar. Temos uma série de problemáticas que dizem respeito às nossas demandas na sociedade. O levantamento recente que eu fiz aponta que de 39 deputados federais, 30 não se pronunciaram sobre o dia de ontem. Isso mostra a carência de representantes que realmente abraçam a nossa causa e a nossa luta”, destacou Onã.

Com um mandato pautado nessa luta, o coletivo já protocolou matérias como o PLE nº 222/2021 que institui o Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio e o PLE nº 312/2021, que dispõe sobre a implementação de medidas voltadas para atenção à saúde de mulheres lésbicas, bissexuais e pessoas trans. 


Fonte da notícia: Assessoria do mandato

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