Hamilton Assis participa de abraçaço à praça Carlos Bastos
Vereador destacou a importância de se preservar as tradições e religiões de matriz africana

Foto: Assessoria do vereador
04/04/2025 - 10:17
O vereador Professor Hamilton Assis (PSOL) participou do “abraçaço simbólico” à escultura da Deusa Ifá, do artista plástico Carlos Bastos, na praça batizada com o nome do artista, na Pedra do Sal, em Salvador. A praça, que preserva a Deusa Ifá, símbolo de cultura, ancestralidade, sabedoria e resistência, é um dos locais ameaçados pelo projeto de devastação e venda orquestrado pela prefeitura da capital baiana.
O ato, que contou com uma importante roda de conversa, reuniu moradores, lideranças de entidades e coletivos, como o Coletivo Ativistas, que solicitou o tombamento do monumento da Deusa Ifá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), artistas e políticos alinhados com a defesa do direito à cidade.
Para o vereador Hamilton Assis, essas mobilizações são de suma importância para que a prefeitura compreenda que a cidade precisa ser pensada para os habitantes e não para beneficiar grandes empresários do setor imobiliário.
“É fundamental denunciar a tentativa da prefeitura de leiloar espaços como esse. Estamos acompanhando, primeiro ACM Neto e agora Bruno Reis, leiloando as áreas verdes, promovendo a desafetação e ainda negligenciando o clamor dos moradores. Sem contar o racismo religioso e ambiental. Essa praça é mantida por decisão judicial na década de 90, pelo STF. A escolha dos locais a serem vendidos, entregues, não é feita por acaso. Bruno Reis ameaça diretamente a população mais vulnerável e as religiões de matrizes africanas”, afirma o vereador.
Requerimento
O Professor Hamilton Assis (PSOL) protocolou requerimento junto à Câmara de Salvador pautando a criação e instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Revisão Antirracista e Popular do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Com 83% da população negra, Salvador é a capital mais negra do Brasil; no entanto, essa maioria quantitativa não reflete as posições de poder e tomadas de decisões, segundo o vereador.
“A prefeitura se nega a debater a revisão do PDDU. Falo isso, pois nós já solicitamos, através de ofício, desde 14 de janeiro, documentações e estudos que o município usa para elaborar o PDDU e embasar a venda das áreas da cidade, mas não temos respostas. A prefeitura, o prefeito Bruno Reis, não disponibiliza esses dados e não se importa com os soteropolitanos”, diz o vereador.
Fonte da notícia: Assessoria do vereador