A tradição dos Zambiapungas, manifestação da cultura negra preservada em vários municípios baianos, foi destacada na Câmara Municipal de Salvador pelo vereador Sílvio Humberto (PSB), comemorando o reconhecimento como patrimônio histórico, cultural e imaterial do Estado da Bahia, emitido pelo Instituto do Patrimônio Cultural e Artístico (IPAC - órgão da Secult-Ba).
Ele participou, no último sábado (24), do I Encontro de Mestres e Grupos Zambiapungas do Baixo Sul, realizado no Centro de Cultura do município de Nilo Peçanha, quando foi batizado como padrinho do grupo local.
Participaram do evento também grupos de Taperoá, Valença, Cairú e Boipeba. “Esse encontro é fruto da nossa luta. Temos que lutar pelas coisas que acreditamos. A medida em que se faz com coração, vamos resgatando a nossa ancestralidade, essa conexão com nossa forma de manifestação”, afirmou Sílvio Humberto.
Ele agradeceu aos esforços do idealizador do encontro, Walmório André, “por manter a cultura negra viva e orgulhosa, agregando política, educação e juventude e pelo honroso trabalho que realiza junto ao município”. 

Caretas - A manifestação compõe de grupos de homens e mulheres mascarados com roupas de seda, multicoloridas, portando chapéus em forma de cones, utilizando búzios, tambores e enxadas como instrumentos musicais, onde desfilam na madrugada do dia 1º de novembro, convidando a população a participarem da festa. A palavra Zambiapunga vem de Zambiapombo, Nzambi Mpungu, Zambi e Nzambi, originárias dos povos Bantu, de onde veio também a tradição do candomblé da nação Angola na Bahia.