Agosto Lilás é tema de palestra para servidores
A atividade ocorreu no auditório do Centro de Cultura e está alinhada com a campanha de conscientização e combate à violência contra a mulher

Foto: Reginaldo Ipê
22/08/2024 - 16:28
Cantando “Espumas ao Vento”, o Coral da Câmara Municipal de Salvador abriu, na manhã desta quinta-feira (22), no auditório do Centro de Cultura Vereador Manuel Querino, a atividade realizada pela Supervisão de Atenção à Saúde e Qualidade de Vida, em alusão ao Agosto Lilás, campanha de conscientização e combate à violência contra a mulher.
Durante a atividade, que faz parte de um conjunto de ações do projeto Câmara Saudável, a secretária de Gestão de Pessoas da Câmara Municipal de Salvador, Tatiana Jucá, destacou a importância de promover o bem-estar individual e combater a violência de gênero. “A origem de toda essa violência está no machismo estrutural”, afirmou a secretária.
Ela acrescentou: “É fundamental que os homens reconheçam seu papel nessa estrutura e entendam como podem ser aliados nesse movimento. Não basta apenas não agredir, é preciso conscientizar os colegas e defender os direitos das mulheres”.
O diretor-geral da Câmara, Adriano Gallo, mencionou a importância do cuidado com os servidores: “Buscando uma maior eficiência da máquina pública, entendemos que cuidar de gente é fundamental. O nosso bem mais precioso são as pessoas: os servidores, os trabalhadores. A gestão tem essa preocupação em criar um ambiente sadio e favorável para que as pessoas sejam felizes”.
A palestra foi conduzida pela major PM Paula e ressaltou a importância do serviço da Ronda Maria da Penha. “O atendimento, prioritariamente voltado para mulheres, faz o acompanhamento preventivo para os casos que já têm medida protetiva de urgência. Só que, mesmo trabalhando nesse sentido, nós percebemos que havia uma necessidade preponderante de trabalhar outras vertentes, como a educação de jovens e adolescentes. Temos, então, um projeto voltado para esse público. Também sentimos a necessidade de falar sobre a desconstrução do machismo para os homens, conforme a própria Lei Maria da Penha prevê”, afirmou.
Sobre a evolução da aplicação da Lei Maria da Penha, a major PM comentou: “Nesses 18 anos de existência, percebemos que algumas pessoas olham o noticiário e dizem que o número de casos está aumentando, mas o que a gente tinha anteriormente era uma subnotificação. As mulheres não falavam sobre a violência que sofriam. O acolhimento fez com que essas mulheres se fortalecessem individualmente e posteriormente fortalecessem outras mulheres, incentivando a denúncia da violência. Por isso, hoje, temos um número significativo de registros, e isso é positivo: as mulheres estão deixando de ser silenciadas e entendendo que têm voz e vez para denunciar as violências sofridas”.
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação