A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição na Câmara de Salvador, enviou um ofício ao secretário municipal da Saúde, Rodrigo Alves, na tarde de quarta-feira (12), solicitando informações e uma apuração rigorosa sobre a morte de uma paciente na UPA do Pau Miúdo, ocorrida na terça-feira (11). De acordo com denúncias, Adnailda Souza Santos, 43 anos, implorou por oxigênio, mas não recebeu atendimento adequado em tempo hábil. 

“Diante da gravidade dos fatos e das denúncias de possível negligência no atendimento, solicito que seja instaurada, com máxima urgência, uma apuração rigorosa sobre as circunstâncias que levaram ao óbito da paciente. É imperativo identificar eventuais falhas nos procedimentos adotados, bem como os responsáveis diretos e indiretos por quaisquer irregularidades que tenham contribuído para esse desfecho trágico”, registrou a vereadora, que é enfermeira e também dirigente do Sindsaúde-Ba. 

Aladilce também ressaltou a necessidade de medidas imediatas para evitar a repetição de situações semelhantes, garantindo que todas as unidades de saúde do município disponham de recursos adequados e profissionais capacitados para um atendimento digno e eficiente. “A sociedade soteropolitana espera e merece um serviço de saúde pública que respeite e preserve a vida de seus cidadãos”, enfatizou. A vereadora cobrou transparência e celeridade na investigação do caso, assegurando justiça à família da vítima e reforçando a confiança da população nos serviços de saúde municipais. 

Acesso à informação 

Na tribuna da sessão ordinária de quarta-feira (12), a líder da oposição também cobrou que os secretários municipais respondam aos pedidos de informação encaminhados às pastas, permitindo que os vereadores exerçam seu papel fiscalizador sem a necessidade de recorrer ao Ministério Público ou ao Tribunal de Contas. Como exemplo, citou a falta de resposta sobre o trabalho do grupo criado pela prefeitura para revisar o PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano), um dos principais desafios da atual legislatura. 

Aladilce também mencionou outros pedidos sem retorno, como informações sobre abordagens da Guarda Municipal no Pelourinho, medidas de segurança para mulheres no Carnaval, licenças para a construção da chamada “passarela do Apartheid” no circuito Barra-Ondina, além de questionamentos sobre a venda de terrenos e áreas verdes. 

“Esta Casa tem a competência e a responsabilidade de fiscalizar a agenda do Executivo. Nós não podemos atuar apenas com base em denúncias feitas nas redes sociais, na mídia ou, até mesmo, nos editais do Diário Oficial. Para que possamos ter uma ação efetiva, precisamos de informações substanciais e de transparência. As secretarias estão se negando a fornecer tais dados”, declarou Aladilce, observando que a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) precisa ser cumprida.