A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada de oposição, usou a tribuna da Câmara de Salvador, na terça-feira (11), para relembrar os cinco anos da decretação da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante seu discurso, Aladilce destacou a importância de refletir sobre o que o país enfrentou naquele período. 

“O Brasil tinha condições de sair dessa crise de uma forma muito melhor do que enfrentamos porque possuímos um dos melhores sistemas de saúde do mundo, o SUS, o maior sistema público de saúde do planeta, com capacidade de produzir vacinas e com inteligência consolidada na área. Mas, infelizmente, tínhamos o pior governo da história”, afirmou. 

Segundo a vereadora, o país estava “sendo comandado por um genocida”. Enfermeira e também dirigente do Sindsaúde-BA, Aladilce ressaltou que os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, foram as principais vítimas da pandemia, agravada, segundo ela, pelo negacionismo promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores. 

Superação

“Chamar a Covid de gripezinha, quando já havia matado mais de 100 mil pessoas, foi um absurdo. Seguimos vivendo a negação da compra de vacinas, enquanto o mundo inteiro já estava imunizando suas populações. Aqui, ficamos sem vacina, apesar dos apelos do Ministério da Saúde, dos secretários, da academia e da população em geral. O Brasil sempre foi referência em vacinação, erradicamos a poliomielite com vacinas, mas enfrentamos um movimento negacionista que, estranhamente, envolveu até profissionais de saúde”, criticou. 

 A líder da oposição também destacou a onda de ódio que se espalhou pelo país, alimentada, segundo ela, por motivações ideológicas. Lembrou as 700 mil mortes causadas pela Covid-19 e ressaltou que muitas poderiam ter sido evitadas, enquanto o então presidente “desdenhava das vítimas, imitando pessoas com falta de ar”. 

Por fim, afirmou que o país conseguiu superar essa fase: “Felizmente, os brasileiros jogaram esse governo genocida para o lixo da história.”