Marta Rodrigues pede retomada do auxílio emergencial
Vereadora destaca que a não realização do Carnaval vai aumentar a pobreza

Foto: Assessoria da Vereadora
12/02/2021 - 10:21
Líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) lamenta a não realização do Carnaval, que seria oficialmente iniciado nesta quinta-feira (11), “por uma questão maior e de saúde pública”.
No entanto, ela lembra para a importância urgente da retomada do auxílio emergencial, uma vez que sem a movimentação econômica da festa, os milhares de trabalhadores e trabalhadoras, principalmente os informais que tiram o sustento do período, sofrerão ainda mais impactos sociais com o aumento de pobreza e diminuição de renda.
“Infelizmente, não temos condição de realizar o Carnaval para preservar a saúde pública. Além dos R$ 1,7 bilhão que a capital perde sem a festa, é necessário olhar atento para a crescente desigualdade social na população mais pobre da cidade, a diminuição de renda de milhares de trabalhadores, formais e informais ambulantes, e vendedores que tiram da festa o seu sustento, até mesmo do ano inteiro”, pontua Marta.
A parlamentar destaca o longo desafio do Legislativo Municipal, ao lado dos poderes públicos, para amenizar os impactos sociais por uma questão maior, que é a preservação da vida.
“O Sebrae estima que cerca de 40 mil vendedores ambulantes, entre licenciados e não licenciados pela Prefeitura de Salvador, devem atuar no Carnaval da cidade em mais de dez mil pontos de comercialização. Nesse segmento, calcula-se ainda um faturamento bruto superior a R$ 125 milhões nos dias da festa. O não acontecimento nos coloca o grande desafio de combater a pobreza que será gerada”, destaca.
Segundo Marta, dos cerca de 487 mil trabalhadores informais da capital baiana, a maior parte é formada por mulheres. “São elas a maior parte da população. Antes da pandemia, eram as responsáveis por mais de 50% da chefia dos lares de Salvador, conforme dados do IBGE”, informa.
Desafio
Marta Rodrigues afirma ainda que a Câmara tem o desafio de fazer um diálogo aprofundado sobre saúde, educação e emprego. “Apresentei a criação da Política Municipal de Economia Solidária, a fim de permitir transformações nas relações de produção e ajudar na superação das desigualdades sociais. Isso vai ajudar a gerar outras formas de empregabilidade, trazendo benefícios sociais, culturais e ambientais. Permanecemos na batalha nesta 19ª Legislatura”, destaca.
“Também é importante cobrar editais públicos que abarquem os setores, não só artísticos, mas que estariam nos diversos eventos, como cordeiros, ambulantes, técnicos de som e iluminação, dentre tantos. É um grande desafio”, acrescenta.
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação