Jovens atores e dançarinos debatem propostas para a Cultura
Discussão foi conduzida pela Comissão de Cultura da Câmara Municipal

Foto: Assessoria
29/11/2017 - 15:43
A Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Salvador realizou mais uma reunião aberta. Desta vez, as linguagens debatidas foram a dança e o teatro e o encontro aconteceu no último dia 23, na sede do Centro de Referência Integral de Adolescentes (Cria), no Pelourinho. A proposta da reunião é levar as discussões temáticas aos locais onde as linguagens são desenvolvidas. No caso do Cria, os alunos da instituição apresentaram contribuições e demandas para o setor.
As provocações para o início do debate foram do diretor teatral Luís Bandeira e do coordenador da Bumbá - Escola de Formação Artística, Eugênio Lima. Sob a condução do presidente do colegiado, vereador Sílvio Humberto (PSB), os jovens alunos do Cria ouviram as considerações dos debatedores e também apresentaram propostas para as linguagens artísticas em discussão.
Sílvio Humberto destacou a urgência da criação de políticas públicas que dinamizem os diversos setores da Cultura, prioritariamente, para aqueles que se encontram à margem do circuito de financiamento cultural.
“A nossa juventude negra se esforça para interpretar e dançar nos palcos para não dançar na vida. A arte é uma saída para muitos destes jovens. Entidades como o Cria são fundamentais para a criação destas oportunidades”, destacou o vereador.
Propostas
Um conjunto de propostas foram elencadas durante a reunião. Foi apontada a necessidade de inversão das prioridades nas pautas e políticas, dando mais espaço para grupos marginalizados no processo de produção cultural. A criação de cotas nos editais para o teatro de rua e para ONGs que trabalham com arte e cidadania, a exemplo do Cria, também foi pautada na discussão.
O presidente da Comissão de Cultura pontuou ainda a necessidade de apoio para a potencialização destas iniciativas. “É papel fundamental do poder público dinamizar e democratizar o acesso aos bens culturais e ao processo de produção da cadeia cultural. Muito mais do que alcançar a dimensão simbólica da arte, isso possibilitará meios de geração de trabalho e renda para estes jovens”, concluiu Sílvio Humberto, ao defender, mais uma vez, o papel da cultura no desenvolvimento socioeconômico da cidade.
Fonte da notícia: Secom